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72% usam dinheiro nos pagamentos
Pesquisa encomendada pelo Banco Central mostra que brasileiro carrega, em média, R$ 36
O brasileiro tem usado mais cartão de crédito e débito para realizar seus pagamentos, mas o dinheiro ainda é a forma mais utilizada pelos cidadãos pagarem suas contas e despesas. É o que mostra a pesquisa "O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro", versão 2010, divulgada ontem pelo Banco Central.
De acordo com o levantamento, 72% dos entrevistados informam que costumam utilizar com mais frequência dinheiro para fazer seus pagamentos. Em 2007, esse indicador estava em 82%. O uso de cartões de crédito subiu de 8% para 13% de 2007 a 2010, enquanto o de cartões de débito, de 8% para 14%.
Segundo a pesquisa, o gasto mensal médio com pagamento de contas e compra de produtos subiu 40%, atingindo R$ 807,93. Desse total, 59% são pagos em dinheiro (era 77% em 2007), 20% em cartão de crédito (11% antes), 16% no cartão de débito (8% antes) e apenas 2% em cheque (3% antes).
O uso de dinheiro é mais frequente em pagamentos de padaria, aluguel/condomínio, educação, mercadinho/mercearia, enquanto são menos frequentes (ainda assim representam a maior parte) em pagamentos de roupas/calçados, eletrodomésticos e super/hipermercados.
Para os pagamentos de maior valor, acima de R$ 50, o uso de outros meios, além do dinheiro, atinge mais de um terço da população, e nas classes A e B, supera 50% da população.
Salário. Os dados mostram que 55% (mesmo porcentual de 2007) dos entrevistados recebem seus salários em dinheiro, enquanto 39% (ante 34% em 2007) por meio de depósito em conta.
A pesquisa informa ainda que cresceu o porcentual de pessoas com conta corrente no Brasil e agora cerca de metade da população (51%) conta com esse instrumento. O indicador estava em 39% em 2007. Um total de 42% (37% em 2007) tem conta poupança. A posse de cartão de crédito subiu de 31% para 43% e de cartão de débito, de 35% para 43%.
O cidadão brasileiro carrega consigo em média cerca de R$ 36 em dinheiro, segundo a pesquisa do BC.
Cerca de um quarto das pessoas carregam de R$ 10 a R$ 20 em cédulas, índice próximo dos que carregam até R$ 10.
A pesquisa mostrou que a população sente mais falta de notas de R$ 5, R$ 10 e R$ 2 para fazer seus pagamentos cotidianos, mas o índice dos que não sentem falta de qualquer nota subiu de 13% para 22%.
Troco. O comércio também sente mais falta das notas de R$ 5 e R$ 2 para dar troco. Os lojistas declaram que as moedas de R$ 1 e de R$ 0,50 são as que mais fazem falta. Mais da metade dos comerciantes demonstrou estar insatisfeita com o fornecimento de moedas pelos bancos.
O porcentual dos que desejam moedas de maior valor em circulação recuou de 26% para 22%. Um dos dados mais curiosos da pesquisa é que 10% dos entrevistados disseram que se recebessem uma nota falsa a passariam para a frente, enquanto metade dos pesquisados disse que devolveria para quem a passou.
O estudo encomendado pelo Banco Central foi feito pelo Instituto Zaytec Brasil, que fez 2.089 entrevistas.
A pesquisa foi feita em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal, incluindo municípios com pelo menos 100 mil habitantes.
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