Os microempreendedores individuais (MEI), as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP), devem ficar atentos para não serem excluídos de ofício do Simples Nacional, por motivo de inadimplência.
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Empresas em risco: como sobreviver diante da fraca economia?
O desafio para pequenas e médias empresas é grande
Em um cenário enfraquecido pela recessão econômica, o ritmo dos negócios vem sendo bastante afetado, principalmente entre as pequenas e médias empresas. De acordo com recente pesquisa do Serasa Experian, mais de 3,5 milhões de empresas brasileiras estão inadimplentes – aproximadamente 50% do total das empresas ativas no Brasil. O setor do comércio lidera o ranking, em parte por conta de seu crescente papel na cadeia de consumo, seja como atacadista ou varejista, além de ser hoje o principal setor empregador do país.
Por isso, é preciso atenção! Se sua empresa já enfrenta dificuldades financeiras, quais as saídas para evitar que ela “entre no vermelho”? Buscar recursos e financiamentos a fim de mantê-la de pé são boas alternativas, mas o empreendedor precisa levar em consideração se o pagamento total ou mesmo de parte da dívida da empresa não fará despencar sua margem de lucro e apertar demais o seu capital de giro.
O desafio para pequenas e médias empresas é grande. A carga tributária no país é das mais altas do mundo e a disponibilidade de crédito também não é abundante, sem falar nos juros altíssimos que são praticados hoje. Para que o empresário não chegue ao limite de seus esforços para tocar o negócio, uma das opções mais promissoras são as parcerias com fundos de investimentos, que estão de olho em boas oportunidades de negócios. São eles que podem dar aporte financeiro e operacional às pequenas e médias empresas a fim de ajudá-las a sair da crise e alavancar o crescimento.
Mesmo que o empresário tenha reservas próprias para alavancar seu empreendimento, é mais recomendável usar o capital de fontes externas. Não apenas porque o capital de casa é mais caro, mas também porque, muitas vezes, ao financiar a expansão com recursos externos, o crescimento destrava. A participação de um fundo de investimentos nesse processo é uma alternativa aos empréstimos bancários cada vez mais caros e restritivos. O investidor exigirá, em troca do aporte, uma participação societária.
Mas e se a empresa já estiver no vermelho e isso esteja dificultando a entrada de investidores com boas propostas? Uma solução rápida é desfazer-se de alguns ativos – terrenos, veículos –, e mudar o local da sede da companhia, para resgatar parte do capital financeiro. Na parte gerencial, é preciso fazer um diagnóstico detalhado da situação, traçar estratégias e negociar dívidas com fornecedores. Buscar profissionais de mercado também ajuda, assim como contratar consultorias que possam levar boas práticas ao negócio. E o mais importante: para que acionistas e parceiros como fundos de investimentos ou mesmo empresas maiores (no caso de fusão) tenham interesse em investir e levantar a empresa, é urgente mudar a gestão do negócio.
Os pequenos e médios empresários (muitos ainda mantêm “vícios” na gestão da empresa familiar, por exemplo) devem estar antenados quanto às novas soluções que o mercado oferece. É preciso reinventar o antigo modelo de pegar um dinheiro caro e de curto prazo para “apagar incêndios”, como é o caso do empréstimo bancário.
Os aportes de recursos por meio de venture capital ou private equity são uma boa alternativa de financiamento. Muito utilizados nos EUA, consistem fundamentalmente em oferecer aporte temporário de verba e participação no capital de empresas com potencial de crescimento e expectativa de grande valorização.
Mais do que a atual situação da empresa, investidores estão sempre em busca de empreendedores comprometidos; com visão de longo prazo e desejo de evoluir. Eu e meus sócios na B2L somos conselheiros de empresas de pequeno, médio e grande porte de diversos segmentos e realizamos as conexões entre empresários e investidores, inclusive internacionais. Por isso, reafirmo que nossos empresários precisam com urgência conhecer as novidades que o mercado oferece para não verem suas empresas “no vermelho”. É fundamental que procurem e tenham acesso ao capital para financiar seu plano de negócios. Muitos já aderiram. Lembro que, de acordo com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), foram R$ 100 bilhões em capital comprometido no país, somente no ano passado.
Reinventem seu modelo de negócio e assim estarão mais fortes para enfrentar as turbulências da economia.
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